quarta-feira, 3 de junho de 2009

Teatro na Escola

Este é um blog especialmente para as pessoas que curtem o teatro pois o teatro deveria ser mais usado nas escolas e outros esse é um pequeno trabalho Para a professora Elaine de Artes.

O nascimento do Teatro


O nascimento do teatro, enquanto espetáculo, na Grécia antiga, aconteceu, em função das manifestações em homenagem ao deus do vinho, Dioniso ou Baco (em Roma). Os festivais anuais, com cada nova safra de uva, eram realizados em grande festa de agradecimento ao deus, com representações de trajédias e comédias.Com o passar do tempo, essas procissões, que eram conhecidas como "Ditirambos", foram ficando cada vez mais elaboradas, e surgiram os "diretores de Coro", os organizadores de procissões.Nas procissões os participantes cantavam, dançavam e apresentavam diversas cenas das peripécias de Dionísio e, em procissão urbanas, se reuniam aproximadamente 20 mil pessoas, enquanto que em procissões de localidades rurais (procissões campestres), as festas eram menores.O primeiro diretor de Coro foi Téspis, que foi convidado pelo tirano Psistrato para dirigir a procissão de Atenas. Téspis adquiriu o uso de máscaras para representar pois, em razão do grande número de participantes, era impossível todos escutarem os relatos, porém podiam visualisar o sentimento da cena pelas máscaras.Os escritores participavam, tanto das atuações, como dos ensaios, e da idealização das coreografias.O "Coro" era composto pelos narradores da história, que através de representação, canções e danças, relatavam as histórias do personagem. Ele era o intermediário entre o ator e a platéia, e trazia os pensamentos e sentimentos à tona, além de trazer também a conclusão da peça. Também podia haver o "Corifeu", que era um representante do coro que se comunicava com a platéia.Em uma dessas procissões, Téspis inovou ao subir em um "tablado" (Thymele – altar), para responder ao coro, e assim, tornou-se o primeiro respondedor de coro (hypócrites). Em razão disso, surgiram os diálogos e Téspis tornou-se o primeiro ator grego. Quase nada se sabe de Téspis, apenas que foi quem deu o passo da interpretação na história do TEATRO.

Teatro no Brasil


O teatro em terras brasileiras nasce em meados do século XVI como instrumento de catequese dos Jesuítas vindos de Coimbra como missionários. Era um teatro, portanto, com função religiosa e objetivos claros: evangelizar os índios e apaziguar os conflitos existentes entre eles e os colonos portugueses e espanhóis.

Grécia




Do século VI a.C. ao V d.C., em Atenas, o tirano Pisístrato organiza o primeiro concurso dramático (534 a.C.). Apresentam-se comédias, tragédias e sátiras, de tema mitológico, em que a poesia se mescla ao canto e à dança. O texto teatral retrata, de diversas maneiras, as relações entre os homens e os deuses.No primeiro volume da ''Arte poética'', Aristóteles formula as regras básicas para a arte teatral: a peça deve respeitar as unidades de tempo (a trama deve desenvolver-se em 24h), de lugar (um só cenário) e de ação (uma só história).Autores gregos - Dos autores de que se possuem peças inteiras, Ésquilo ''Prometeu acorrentado'' trata das relações entre os homens, os deuses e o Universo. Sófocles ''Édipo'' e Eurípides ''Medéia'' retratam o conflito das paixões humanas.Do final do século IV a.C. até o início do século III a.C., destacam-se a "comédia antiga" de Aristófanes ''Lisístrata'', que satiriza as tradições e a política atenienses; e a "comédia nova", que com Menandro ''O misantropo'' critica os costumes.Ésquilo (525 a.C.?-456 a.C.?) nasce numa família nobre ateniense e luta contra os persas. Segundo Aristóteles, é o criador da tragédia grega. Escreve mais de noventa tragédias, das quais sete são conhecidas integralmente na atualidade - ''As suplicantes'', ''Os persas'', ''Os sete contra Tebas'', ''Prometeu acorrentado'' e a trilogia ''Orestia'', da qual fazem parte Agamenon, ''As coéforas'' e '' Eumenides''.Sófocles (495 a.C?-406 a.C.) vive durante o apogeu da cultura grega. Escreve cerca de 120 peças, das quais sete são conservadas até hoje, entre elas ''Antígona'', ''Electra'' e ''Édipo Rei''. Nesta última, Édipo mata o pai e casa-se com a própria mãe, cumprindo uma profecia. Inspirado nessa história, Sigmund Freud formula o complexo de Édipo.Eurípides (484 a.C.?-406 a.C.) é contemporâneo de Sófocles e pouco se sabe sobre sua vida. Suas tragédias introduzem o prólogo explicativo e a divisão em cenas e episódios. É considerado o mais trágico dos grandes autores gregos. Em sua obra destacam-se ''Medéia'', ''As troianas'', ''Electra'', ''Orestes'' e ''As bacantes''.Aristófanes (450 a.C.?-388 a.C?) nasce em Atenas, Grécia. Sua vida é pouco conhecida, mas pelo que escreve se deduz que teve boa educação. Sobrevivem, integralmente, onze de cerca de quarenta peças. Violentamente satírico, critica as inovações sociais e políticas e os deuses em diálogos inteligentes. Em ''Lisístrata'', as mulheres fazem greve de sexo para forçar atenienses e espartanos a estabelecerem a paz.Espaço cênico grego - Os teatros são construídos em áreas de terra batida, com degraus em semicírculo para abrigar a platéia. A área da platéia é chamada de teatron e o conjunto de edificações recebe o nome de odeion. O palco é de tábuas, sobre uma armação de alvenaria, e o cenário é fixo, com três portas: a do palácio, no centro; a que leva à cidade, à direita; e a que vai para o campo, à esquerda. Essa estrutura de palco permanecerá até o fim da Renascença. Na fase áurea, teatros, como o de Epidauro, perto de Atenas, já são de pedra e situam-se em locais elevados, próximos aos santuários em honra a Dionísio.(ao topo)

Teatro Oriental


O teatro oriental tem algumas características em comum que o distinguem nitidamente do teatro pós-renascentista ocidental. São obras de arte unificadas — uma realização da idéia do teatro total — semelhante ao de Wagner, em que se misturam literatura, dança, música e espetáculo.
A formação dos atores dá ênfase à dança, à expressão, à agilidade corporal e às habilidades vocais mais que à interpretação psicológica. Os figurinos e maquiagem são muito importantes e quase uma arte em si. A estilização estende-se ao movimento e mesmo as ações da vida diária se transformam em uma dança ou gesto simbólico.
Em termos de público, é um teatro de participação. As representações costumam ser demoradas e os espectadores se movimentam, comem, conversam e por vezes só se mostram atentos aos momentos que são de seu maior agrado. A solenidade do espectador ocidental lhes é totalmente estranha.
O teatro oriental, tal como outros aspectos da cultura oriental, só viria a ser conhecido no Ocidente em fins do século XIX. Exerceu certa influência sobre as concepções de interpretação, criação de roteiros e encenação de alguns simbolistas, como Strindberg, Artaud, Meyerhold, Reinhardt e outros.
O teatro indiano, em sânscrito, floresceu nos séculos IV e V. Baseava-se em histórias tiradas da épica hindu, como o Mahabharata e o Ramayana. O palco apresentava decoração trabalhosa, mas não se usavam técnicas de representação. Os movimentos de cada parte do corpo, a recitação e a canção eram rigidamente codificados. As marionetes e o teatro dançado, sobretudo o kathakali, também foram grandemente apreciados em vários momentos da história da Índia.
O teatro chinês começou a se desenvolver em princípios do século IV. Era muito literário e tinha convenções bastante rígidas. No entanto, a partir do século XIX, passou a ser dominado pela Ópera de Pequim. Nela se dá importância primordial à interpretação, ao canto, à dança e às acrobacias, mais que ao texto literário. Sob o governo comunista a temática se modificou, mas o estilo e a representação foram mantidos.
O teatro japonês é talvez o mais complexo do Oriente. Seus dois gêneros mais conhecidos são o teatro nô e o kabuki. Nô, o teatro clássico japonês, é estilizado, uma síntese de dança-música-teatro. Tem estreita relação com o budismo zen. Outros gêneros dramáticos são o bugaku, um sofisticado teatro dançado, e um teatro de bonecos ou marionetes, chamado bunraku.



Teatro ocidental


Quase todos nós, quando éramos crianças, acreditávamos na existência de Papai Noel. E aos poucos, à medida que fomos crescendo e nos tornando mais racionais, fomos descobrindo a real identidade do "bom velhinho". Outra história também muito comum entre as crianças está relacionada à chuva e aos trovões, que seriam os sinais de que Deus está fazendo uma grande faxina no céu, arrastando os móveis (trovões) e lavando a casa (chuva).
Podemos comparar o homem primitivo a esta criança que acredita em diversas histórias que tentam explicar o mundo e seus fenômenos naturais. Até hoje, quando vivemos um espantoso avanço tecnológico e científico, que nos permite um extraordinário conhecimento e controle da natureza, não conseguimos explicar muitos dos mistérios da natureza. Imaginem há milhões de anos atrás!
O homem primitivo, completamente ignorante, perdido e assustado, começa, então, a criar histórias que vão tentar explicar o mundo e a vida. É através destas histórias que ele tenta compreender e controlar a natureza, a vida, a morte, o nascimento, a fertilidade do solo, a origem do universo, que para ele eram obra dos deuses. Ao conjunto destas histórias damos o nome de mitologia.
Uma das mitologias mais conhecidas de todo o mundo é a cristã que conta no seu famoso livro, a Bíblia, a história da criação do mundo, do nascimento, vida, paixão, morte e ressurreição de um de seus principais mitos, Jesus Cristo, além de muitas outras histórias paralelas.
No nosso caso, que estamos começando a contar a História do Teatro Ocidental, a mitologia que nos interessa é a grega, porque é daí que vai surgir o Teatro, enquanto atividade estruturada e institucionalizada.
Para os gregos, a história da origem do universo e da vida começa com o Caos, a personificação do vazio primordial, anterior à criação, quando os elementos do mundo ainda não haviam sido organizados. Do Caos grego surge Géia (ou Gaia) que é a Terra de onde nascem todos os seres. A própria Géia gerou Urano que é o Céu. Como podemos observar na natureza, o Céu cobre a Terra, numa posição que para os gregos era indicativa de uma relação sexual. Este primeiro casamento divino deu origem a Tártato e Eros e foi imitado pelos deuses, homens e animais. Tártaro representa a outra vida, o mundo subterrâneo, o local mais profundo, nas entranhas da terra, e também o local dos suplícios e torturas, onde eram lançadas as almas rebeldes. Eros é o desejo em todos os seus sentidos e quando personificado é o deus do amor.
Da terceira geração divina, descendente de Géia e Urano, vai nascer Zeus, que é a divindade suprema, o deus da Luz. Zeus é o rei dos deuses e dos homens. Ele tinha poderes extraordinários, não só provocava a chuva, o raio e os trovões, mas também mantinha a ordem e a justiça no mundo. Zeus, apesar de ser um deus imortal, de poder absoluto, também possuía uma personalidade humana, apaixonada e vingativa. Casado oficialmente com Hera, teve, no entanto, numerosas amantes e filhos "ilegítimos". Um destes filhos, o mais querido, era Dioniso também chamado de Baco, que vem a ser o deus da vegetação,
da vinha, do vinho, da transformação e do teatro.